Provérbio

"Aquele
que sabe e sabe que sabe
é sábio – segue-o


Aquele que sabe e não sabe que sabe está a dormir – acorda-o


Aquele que não sabe e não sabe que não sabe é um idiota – enxota-o


Aquele que não sabe e sabe que não sabe é simples – ensina-o.”


             
Provérbio Árabe

Published in: on 23 de dezembro de 2010 at 15:56  Deixe um comentário  

Centenário da Morte de Euclides da Cunha

 

Depois de Machado de Assis, 2009 será o ano para o Brasil lembrar os 100 anos da morte do escritor Euclides da Cunha.

Listado entre os mais importantes escritores da literatura brasileira, Euclides da Cunha morreu em 15 de agosto de 1909, aos 43 anos de idade, assassinado pelo militar Dilermando de Assis, amante de sua mulher Ana. A trágica história do escritor foi contada pela globo na minissérie Desejo, exibida entre maio e junho de 1999. O triangulo amoroso foi então protagonizado por Tarcísio Meira, Vera Fischer e Guilherme Fontes.

Euclides da Cunha nasceu em 1866, na então província do Rio de Janeiro. Cursou a Escola Politécnica e tornou-se engenheiro militar. Mas sua vocação sempre foi a escrita, então em 1897, viajou para Canudos, no sertão da Bahia, como correspondente do jornal “O Estado de S. Paulo”. Foi designado como correspondente do jornal para cobrir a Guerra de Canudos, quando o Exército Brasileiro enfrentou e derrotou a resistência popular liderada por Antônio Conselheiro. As reportagens que escreveu para o jornal paulista transformaram-se no livro “Os Sertões”, ícone da literatura brasileira, parcialmente escrito em São José do Rio Pardo.

O escritor-engenheiro residiu na cidade entre 1898 e 1900, incumbido da reconstrução da ponte sobre o rio Pardo, que desabara. Residiu com a família no sobrado da rua 13 de Maio, esquina com Marechal Floriano, local onde hoje se situa a Casa de Cultura Euclides da Cunha, a Casa Euclidiana. No barraco de zinco próximo à ponte, enquanto supervisionava a reconstrução, Euclides começa a redigir “Os Sertões”.

Francisco Escobar, intendente municipal e homem de grande cultura, estimula o escritor, fornecendo livros e reunindo um grupo de intelectuais para a leitura dos primeiros capítulos. Em 1900, escreve para o jornal “O Rio Pardo” um artigo intitulado “O 4º Centenário do Brasil”. Em maio termina a redação de Os Sertões e Francisco Escobar contrata o sargento de polícia José Augusto Pereira Pimenta para transcrever em boa caligrafia os originais.

Engenheiro, jornalista, escritor e professor, Euclides da Cunha pertenceu ao Instituto Histórico e Geográfico e à Academia Brasileira de Letras, para a qual foi eleito em 1903.

Oito anos após matar Euclides, Dilermando de Assis também assassinou o jovem Quidinho – Euclides da Cunha Filho –, que tentava vingar a morte do pai. Os restos mortais de Euclides da Cunha e seu filho repousam no mausoléu às margens do Pardo, perto da cabana de zinco e da ponte.

BIOGRAFIA EUCLIDES DA CUNHA (Download)

Os Sertões

Contrastes e Confrontos

Peru versus Bolívia

À Margem da História

Published in: on 13 de setembro de 2009 at 15:00  Deixe um comentário  

Clarice

 
 

Há Momentos

Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.

Clarice Lispector

Published in: on 9 de julho de 2009 at 0:28  Deixe um comentário  

Poesia e Verdade.

 
 
"Liberdade, quem a tem? Somos presos pelos laços, a tudo que nos convém, até virarmos bagaços!"
Published in: on 27 de abril de 2009 at 17:21  Deixe um comentário  

Sensibilidade

 
 
DRUMOND
 
 
Tenho apenas duas mãos
e o sentimento do mundo,
mas estou cheio de escravos,
minhas lembranças escorrem
e o corpo transige
na confluência do amor.
 
Quando me levantar, o céu
estará morto e saqueado,
eu mesmo estarei morto,
morto meu desejo, morto
o pântano sem acordes.

Os camaradas não disseram
que havia uma guerra
e era necessário
trazer fogo e alimento.
Sinto-me disperso,
anterior a fronteiras,
humildemente vos peço
que me perdoeis.

Quando os corpos passarem,
eu ficarei sozinho
desfiando a recordação
do sineiro, da viúva e do microcopista
que habitavam a barraca
e não foram encontrados
ao amanhecer

esse amanhecer
mais noite que a noite.


"Sentimento do mundo" é primeiro poema e o que deu nome ao livro. Ele nos revela a visão-de-mundo do poeta: não é alegre, antes, é cheia da realidade que sempre nos estarrece, porque, por mais que sonhemos, a realidade geralmente é dura e muito desafiante.
 
 
 
 
CLARICE LISPECTOR
 
 
O que eu sinto eu não ajo.
O que ajo não penso.
O que penso não sinto.
Do que sei sou ignorante.
Do que sinto não ignoro.
Não me entendo e
ajo como se me entendesse.
("A descoberta do mundo")
 

 

 

 

 

 

Published in: on 13 de outubro de 2008 at 19:19  Deixe um comentário